Pragas da soja: conheça os tipos mais comuns e proteja sua plantação
Além da seca, que atinge o país todo e interfere negativamente no plantio de soja dos últimos meses, produtores precisam lidar com as pragas. Afinal, não há como negar que toda produtividade no campo está sujeita a elas. Seja como for, as pragas da soja causam inúmeros prejuízos aos agricultores, portanto, é importante saber como lidar com elas.
Então, para ajudá-lo, preparamos este post para explicarmos os tipos mais comuns do problema e como lidar com ele.
Saiba mais!
Lagarta da soja
Antes de mais nada, devemos salientar que essa é a praga mais comum nas plantações de soja do Brasil. Sendo assim, é também muito fácil identificá-la.
Com o nome científico Anticarsia gemmatalis, ela possui um tom de verde que varia entre o claro e o escuro. Os ovos da lagarta, por sua vez, seguem a mesma tonalidade de cor no início, mas com o passar dos dias, tornam-se mais avermelhados.
Uma característica muito específica dessas lagartas é que elas possuem 3 linhas brancas na extensão do dorso. As maiores, normalmente, se aproximam de 15 milímetros de comprimento.
A atuação deste tipo de praga se dá, geralmente, na parte inferior da folha da soja. Em resumo, a lagarta utiliza a folha como proteção e se alimenta dela. Sendo assim, quanto maior a lagarta, maior a desfolha.
Os meses mais propícios para o aparecimento da praga são entre novembro e março. E o tempo de vida dela é, em média, 33 dias.
Percevejo marrom
Ainda que a praga anterior seja a mais comum, essa é a que aparece em maior quantidade nas lavouras de soja. Não é à toa que corresponde a 80% em algumas áreas de plantio.
Certamente, um aspecto que potencializa os efeitos da praga é a dificuldade de identificá-la. Quando isso ocorre, normalmente, a plantação já está tomada de percevejo.
Os danos à soja são inúmeros e podemos citar, por exemplo, a redução da produtividade e também a má formação dos grãos. Além disso, os percevejos podem transmitir doenças através das folhas.
Os ovos da praga são depositados nas folhas e vagens, em fileiras, e possuem um tom amarelado. Em contrapartida, o percevejo em si é marrom, com o abdômen esverdeado.
A maior incidência da praga da soja é durante o verão e, no inverno, eles permanecem em um estado de “dormência”.
Helicoverpa
Essa praga não se restringe apenas à soja, ou seja, pode estar presente em plantações de variadas culturas. Uma curiosidade sobre a helicoverpa é que ela foi identificada em terras brasileiras apenas em 2013.
Um ponto muito característico da praga é que ela não ataca as folhas, como as demais lagartas, por exemplo, mas sim as vagens e flores. Consequentemente, os danos estão relacionados à deformação de algumas partes da planta e até mesmo podridão.
Além disso, a helicoverpa pode se instalar na planta em qualquer momento do ciclo e tem um tempo de vida de 30 a 60 dias. O ovo da praga, por sua vez, pode ser depositado em diversas partes da planta também.
O controle das pragas de soja é imprescindível
Esses são apenas alguns exemplos de pragas da soja, mas, infelizmente, elas são inúmeras. Sendo assim, é extremamente importante que haja um controle eficaz delas, para que as consequências sejam as menores possíveis.
E você, costuma cuidar das suas plantações de que forma? Conte-nos abaixo, nos comentários, pois nós da TRR São José adoraríamos saber!
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