Cigarrinha do milho: produtores lutam para salvar a safra no Paraná
Desde fevereiro deste ano, os produtores do grão na região Sul precisam lidar com um ataque de cigarrinha do milho. A infestação é tanta que considera-se uma quebra de mais da metade de toda a produção nos três estados.
Em Castro, por exemplo, existem casos de lavouras que tiveram 40% de toda a área atacada pela cigarrinha. A consequência disso? A qualidade do grão vai lá embaixo e ele torna-se apto apenas para silagem.
Não bastasse a falta de chuva, agora os produtores precisam tentar conter o avanço das cigarrinhas para conseguir cumprir contratos preestabelecidos. Como? Através de controle químico e biológico.
Ações para conter os avanços da cigarrinha do milho
Já ouviu falar em milho guaxo?
Refere-se àquele milho que nasce sozinho no campo, também chamado de voluntário. Em um primeiro momento, pode parecer inofensivo, mas é importante saber que ele pode hospedar diversas pragas ou doenças que prejudicam a produção. Uma dessas pragas é a cigarrinha.
Então, antes de mais nada, é preciso conter esse milho voluntário para evitar que as cigarrinhas dominem ainda mais as lavouras. Por meio desse milho a praga atravessa de uma safra para outra, portanto, é necessário acabar com ele o quanto antes.
Além disso, é importante que os produtores mantenham-se atentos e monitorem constantemente as lavouras. Por ser uma praga de menos de 5 milímetros, pode ser difícil identificar a cigarrinha, então todo cuidado é pouco.
Sendo assim, o agricultor deve contar com o manejo de defensivos. Mas, vale lembrar que o pesticida precisa ser reaplicado nove dias depois da primeira aplicação, para garantir que novas cigarrinhas não se desenvolvam.
Entre os produtos químicos que ajudam no controle estão o acefato, imidacloprida e tiametoxam. Mas, também existem produtos biológicos, como o Beauveria bassiana, que pode ser uma grande aliada no combate de insetos e pragas.
O seguro rural cobre os prejuízos causados pela praga?
De acordo com o Ministério da Agricultura, normalmente isso não ocorre, ou seja, o produtor não tem cobertura em caso de perda agrícola causada por pragas. Mas, devido ao ataque de cigarrinhas do milho ser muito grande e comprometer fielmente algumas produções, a possibilidade de pagamento do seguro está sendo estudada.
Isso porque, há relatos de agricultores que fizeram mais de 20 aplicações de pesticidas já e ainda não conseguiram controlar o avanço da cigarrinha.
E então, o que achou deste post? Já tinha ouvido falar da cigarrinha? Conte-nos sua opinião nos comentários!
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