Uso do biodiesel pode gerar economia anual de R$ 48 milhões a produtores rurais

O Brasil é o quarto maior consumidor de combustíveis do mundo e deverá importar óleo diesel ainda neste ano de 2016. A estimativa é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foi apresentada no painel de discussão “Oportunidades com o Biodiesel”, durante o 1º Congresso de Bioenergia de Mato Grosso e o 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central, em Cuiabá-MT.

O Diretor-superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, foi quem apresentou o tema “Situação do Biodiesel em Mato Grosso: matérias-primas, produção e consumo”. O mesmo afirmou, que uma das alternativas para mudar a atual realidade é aumentar a porcentagem de biodiesel no diesel, que hoje é de 7%. Até 2019, essa quantidade aumentará para 10%, entretanto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já sinalizou que essa parcela poderá chegar a 15%. Segundo ele, o biodiesel é um ótimo negócio para Mato Grosso, já que o seu custo é menor, gera mais empregos e reduz drasticamente a emissão de gases de efeito estufa.

O consultor técnico da Ubrabio, Donato Aranda, destacou que a primeira planta-piloto de biodiesel no Brasil nasceu em Mato Grosso. “O desafio consiste em reaproveitar mais e melhor as matérias-primas que temos disponíveis. Isso reduziria substancialmente os impactos das emissões veiculares, gerando menos poluente e melhorando a qualidade do ar, já que as emissões de gases de biodiesel de soja reduzem em 57% comparado ao diesel fóssil”.

Aranda destacou o uso autorizativo do B20, destinado aos ônibus e caminhões (com 20% de biodiesel na mistura), e o B30 para máquinas agrícolas (que permite a adição de 30% de biodiesel). “Os produtores rurais e proprietários de empresas de transporte podem decidir se querem utilizar uma quantidade maior de biodiesel e isso é fantástico porque permite uma economia considerável. Somente na produção de soja, milho e cana-de açúcar, os produtores poderiam ter uma economia média anual de R$ 48 milhões, considerando o último valor comercializado do biodiesel”, garantiu Aranda.

Fonte: 1º Congresso de Bionenergia de Mato Grosso e o 3º Congresso do Setor Sucroenergético do Brasil Central.

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