Regulamentado uso autorizativo de misturas de biodiesel de 20% e 30%
O Ministério de Minas e Energia (MME) regulamentou o uso autorizativo de misturas de biodiesel de 20% em frotas cativas, consumidores rodoviários atendidos por ponto de abastecimento, e 30% em transporte ferroviário e uso agrícola e industrial.
A publicação feita pelo o Diário Oficial da União foi nessa quinta-feira (12-11-15), que estabelece regras de comercialização do biodiesel destinado ao mercado autorizativo. O atendimento desse mercado, a partir do ano que vem, será por meio dos leilões de biodiesel, que passarão a ter duas novas etapas adicionais: a Etapa 2ª, onde as usinas farão suas ofertas considerando exclusivamente os volumes ofertados e não vendidos durante o leilão regular; e a Etapa 5A, onde as distribuidoras farão as aquisições para os clientes finais que tenham interesse em utilizar maiores volumes de biodiesel.
O objetivo principal da medida é aproveitar e estimular as condições onde o biodiesel já mostra sinais de competitividade frente ao óleo diesel de petróleo, geralmente em regiões distantes de refinarias de petróleo, mas com abundância de produção agrícola e do próprio biodiesel. São nessas regiões que existem ou podem existir, maior escala de condições favoráveis à expansão espontânea da substituição do derivado de petróleo pelo insumo renovável.
Mas por enquanto, segue proibida a comercialização de misturas com biodiesel em quantidades superior ao percentual de adição obrigatória de 7%, nos postos de combustíveis da revenda varejista. Isso somente mudará quando houver garantia ampla, dos fabricantes e importadores de veículos, motores, sistemas, máquinas e equipamentos.
A portaria estabelece que o resultado consolidado do leilão deverá discriminar os volumes e os preços para os dois mercados separadamente, o mercado regular de mistura obrigatória, e para fins de uso voluntário de biodiesel.
O biodiesel é produzido a partir de oleaginosas, como soja, mamona e algodão, óleo de fritura e de gorduras animais, por exemplo. A vantagem é que o combustível reduz as emissões de dióxido de carbono, um dos gases que agravam o efeito estufa.
Fonte: Ministério de Minas e Energia e Agência CNT de Notícias.