Imagem de vacas comendo pasto

Planejamento de pastagens: um aliado para acabar com o vazio forrageiro

A atividade leiteira praticada no Brasil ainda tem como base de alimentação o pasto. No entanto, devido às estações em boa parte dos estados brasileiros serem bem definidas, existem  épocas com baixa disponibilidade de pastagens.

Planejar a propriedade para o cultivo das pastagens é uma tarefa que exige conhecimento sobre o ambiente de produção e assessoria técnica. Uma das questões mais complicadas é buscar alternativas para os vazios forrageiros que ocorrem nos períodos de transição entre as estações quentes e frias do ano, por conta da baixa oferta de pastagem.

Neste artigo vamos falar sobre como o planejamento forrageiro pode ser uma alternativa viável para produtores evitarem o vazio forrageiro. 

O planejamento forrageiro é um método que visa assegurar a produtividade e eficiência na utilização de pastagem e aumentar a produtividade do gado leiteiro. Esse procedimento busca disponibilizar forragens de qualidade e em quantidade adequada às necessidades de forragem do rebanho durante o ano todo.

Vazio Forrageiro:

O vazio forrageiro é bem característico nos meses de março e abril (verão/outono) e agosto e setembro (inverno e primavera), com duração entre 30 a 90 dias em cada período nos estados do Sul. No entanto, em outros estados o vazio pode durar períodos mais longos devido à época de estiagem (sem chuva), como o caso da região Centro-Oeste.

Planejamento forrageiro:

A alternativa encontrada para minimizar o problema de vazio forrageiro em alguns períodos é o planejamento da produção forrageira, ou seja, a utilização de forrageiras perenes. 

Uma das vantagens é que embora a alternativa tenham um custo inicial de implantação mais alto, nos anos seguintes o custo é muito baixo, já que depende apenas da refertilização.

A Embrapa fez alguns estudos e citou exemplos de pastagens que têm um  ciclo de produção perene e que podem ser incluídos nesse sistema. As principais variedades são BRS Kurumi (capim-elefante), BRS Capiaçu e Tíftons (grama perene forrageira).

O aspecto inovador está em oferecer pastagens perenes de verão como alternativa para vazios forrageiros, e por consequência, elas também fornecem pasto até o outono do ano seguinte, porque concluem o ciclo com a chegada do inverno e a presença de geadas. 

Uma das vantagens das forrageiras perenes é que, no começo da estação favorável elas já estão estabelecidas e com seu sistema radicular desenvolvido. Isso possibilita a rápida produção de forragem e consumo. 

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