Bambu: versatilidade na produção de móveis, bicicletas e até próteses
Mais do que se imagina, o bambu é um dos materiais naturais de maior uso no país. Além disso, esse mercado, movimenta ainda cerca de US$ 60 bilhões em proporções mundiais – é o que informa a Associação Brasileira do Bambu. No Brasil, agricultores aproveitam as possibilidades do material para gerar maior renda no campo. Saiba mais:
Conheça a versatilidade do bambu
Muito além dos agricultores, a matéria-prima tem gerado renda também para ONGs e empresas de todo o país.
Devido à grande versatilidade de uso, que vai desde móveis a revestimentos de bicicleta e, surpreendentemente, utilização na medicina na fabricação de próteses, o bambu tem sido uma excelente aposta, principalmente quando levado em conta sua facilidade significativa de cultivo e manuseio.
É surpreendente a maneira com que trabalhadores sem experiência anterior conseguem trabalhar com o material, tanto na construção como na indústria moveleira. No caso das construções residências com bambu, tornam-se possíveis e duradouras aquelas feitas com o material devidamente tratado, para que seja garantida a qualidade final das obras.
O mesmo é efetuado a partir de substâncias liberadas por meio da Lei de Orgânicos.
Inclusive, em bambus utilizados em áreas internas, como os laminados, por exemplo, somente uma substância, o octaborato de sódio, é empregue. Trata-se de um inseticida que altera o gosto do bambu, mantendo as pragas distantes.
Mesmo que o caruncho apareça e tente alimentar-se do material, na sequência, um sabor bastante desagradável, bastante diferente do original, que é doce, será sentido. Consequentemente, isso faz com que a destruição seja interrompida.
Na utilização do bambu como coluna, como acontece na construção de estufas de viveiros, por exemplo, o cuidado deve estar em relação às possíveis chuvas e tempestades de ventos que possam acometer os galpões. Para isso, é usado então o sulfato de cobre, que garante que o mesmo não apodreça posteriormente a essas circunstâncias.
Aproveitado no início ao fim
A matéria do bambu é, sobretudo, eficiente, pois até mesmo seus galhos podem ser aproveitados. Fora a vara principal, os galhos mais extensos são usufruídos também.
Itens como vassouras, cortinas, acessórios e peças artesanais são alguns dos resultados dessa parte da matéria-prima.
O bambu movimenta a economia
Cerca de US$ 60 bilhões são movimentados pelo bambu e, como de não bastasse, o mesmo ainda responsável pela oportunidade empregatícia de 16 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a Associação Brasileira do Bambu (BambuBR), principalmente na China.
Variedade de espécies
A planta, da família das gramíneas, trigo e arroz, conta com 1.600 espécies distintas espalhadas pelo mundo. Apenas no Brasil, estão 20% de todas elas. Sem dúvida, é uma riqueza nacional.
Painéis modulares e próteses feitas a partir da matéria-prima
Sua versatilidade tem sido explorada até mesmo no meio acadêmico, além da medicina, como citado no início. Acontece que na planta encontrou-se a possibilidade sustentável e de baixo custo de substituir a fibra de carbono, empregada na fabricação de próteses.
A mesma encontra-se hoje em período de teste, essencial para anteceder a distribuição no mercado. Entre os principais fatores que inviabilizam a produção industrial até o momento está o fornecimento de bambu de qualidade. Trata-se de um processo ainda em avaliação.
O intuito principal no caso das produções de próteses com o elemento é fornecer para aqueles menos favorecidos, ou seja, que não teriam acesso.
Já na Unesp, por meio de doutorandos, painéis modulares com o bambu são estudados, também com o intuito de reduzir custos a população. Isso porque, painéis modulares possuem fácil acessibilidade construtiva, além de benefícios financeiros. Inclusive, possuem um valor 20% a menos do metro quadrado do bambu vendido em São Paulo.
Bambu gera renda para pequenos produtores e artesãos
Luminárias, vasos para plantas e até mesmo bicicletas são alguns dos artigos produzidos por pequenos produtores que atuam com diferentes cortes de bambu.
Em algumas comunidades, empresas fornecem matéria-prima pelas peças produzidas com ela e, posteriormente, as famílias artesãs recebem também parte dos ganhos pelos itens. Essa é uma prática que contribui significativamente para geração de renda dessas pessoas, bem como para o desenvolvimento das regiões em que habitam.
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