Leite: alta procura aumenta o preço do produto e derivados
Visando evitar problemas de abastecimento, setor produtivo já tem cobrado prerrogativas do governo federal, principalmente referente à logística de entrega do leite e demais produtos derivados.
Nos últimos dias, os supermercados têm se deparado com um alto giro de alguns produtos devido a quarentena necessária, após o surgimento de casos da Covid-19 em nosso país.
Essa procura tem fomentado o preço do leite e de produtos derivados.
Do outro lado está o setor que tem solicitado garantias ao governo federal, para que a produção não sofra grandes impactos, principalmente na logística.
Segundo Válter Galan, sócio do MilkPoint Mercado, (consultoria especializada no mercado leiteiro), alguns produtos do segmento, tais como leite em pó, queijo muçarela e, principalmente, o leite UHT, registraram maior procura nas últimas semanas em supermercados de todo o país.
Em contrapartida, a redução do fluxo de pessoas nas ruas, para evitar a propagação do vírus, reduziu a demanda pelo queijo muçarela destinada ao comércio, como é o caso de restaurantes, bares e lanchonetes.
Custos no campo
Outro fator que tem elevado os preços do leite e derivados e também a valorização do produto no campo
No mês de fevereiro, o preço do leite pago ao produtor por litro foi de R$ 1,4175.
Uma alta de 3,6% quando comparado ao mês anterior, de acordo com uma informação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP.
Apenas nesse ano, a valorização do produto já soma no total 4,83%.
Entre os motivos desse aumento também está o atraso das chuvas da primavera no Sudeste e Centro-Oeste, além da estiagem prolongada no Sul, que resultou na escassez do milho, bastante utilizado na ração do gado.
Preços do leite na indústria
Segundo o Cepea, entre os dias 2 e 16 de março, os preços médios do UHT e da muçarela recebidos pelas indústrias em São Paulo, por exemplo, apresentaram uma alta de 2,1% e de 0,9%, nessa ordem.
Em contrapartida, as cotações do leite em pó caíram 2,5% apenas da primeira para a segunda semana de março.
O segmento tem acompanhado o ritmo da economia no país, que teve uma queda durante a crise no final de 2014 e reintegração da produção no último trimestre do ano passado.
No entanto, há uma certa preocupação em torno do novo coronavírus e o impacto da quarentena adotada em decorrência disso, que pausou muitas empresas lácteas.
Preocupação com logística
A preocupação não está ligada apenas ao deslocamento das mercadorias, mas também com a entrega de insumos, como embalagens, por exemplo, e combustíveis usados nos caminhões de transporte dos produtos.
Segundo Martins, da Viva Lácteos, “É muito importante a definição da essencialidade dos alimentos, com a garantia de que não haja interrupção da cadeia, para que os produtos cheguem ao consumidor”.
Nós da TRR São José estamos trabalhando mais do que nunca para atender a todos os nossos clientes, de pequeno, médio e grande porte, a fim de que os produtores não fiquem sem diesel para dar continuidade a seus trabalhos de importância tão grande a todo o nosso país.
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